"A demissão em bloco de professores que foram eleitos pelos seus colegas para os representar não iria resolver qualquer problema. Seria antes uma traição aos professores que os elegeram", disse ontem a dra. Rosário Gama à saída de reunião de 4 horas (!) no ME.
Pergunto-me se ninguém se lembrou desta conclusão óbvia quando resolveram ameaçar com a demissão colectiva. Eu já aqui tinha dito: a inexperiência política destas pessoas é confrangedora, e o estado de desespero em que estão é por demais visível.
Mas há mais: percebe-se que a dra.Rosário Gama só reconhece o que os seus pares querem num dado momento, mas não o que lei manda fazer. É uma concepção muito adolescente de democracia, e leva à completa desresponsablização dos líderes. O que a dra.Rosário Gama faz, com comportamentos destes, é legitimar a mudança no enquadramento jurídico que o Governo levou a cabo no regime de gestão e autonomia das escolas, instituindo a figura do director, porque com pessoas destas à frente das escolas, as decisões difíceis para a maioria - mas em conformidade com a lei - vão sempre para a gaveta.
A dra.Rosário Gama acha que não vive num Estado de direito, mas num estado das "multidões enraivecidas". E dá-lhes razão. Chamam a isto 'coragem'?
9 comentários:
Não se demitiram, porque ser Presidente de um CE, numa escola, é muito bom para estes professores que não gostam de dar aulas. Mas era óptimo que se tivessem demitido, pois assim começava já o novo modelo de gestão, com um director, como devia ser há muito tempo. Sou professora e não imaginam a falta de nível da grande maioria dos meus colegas.
Pena é que os pce também "eleitos" pelos professores e que contra eles actuam não se demitam em bloco. Isso é que era bom uma vez que não estão a representar quem os elegeu. Ficava tudo muito mais claro e dentro da "democracia".
Folgo por o ver de volta.
Pode parecer que nada tem a ver, mas tem exactamente a ver com o reconhecer apenas e em exclusivo o seu lado, como o único detentor de verdade, liberdade e democracia.
Queria chamar a sua atenção para o que se passou no blog Profavaliação relativamente a dois comentários colocados ao post do Prof.Ramiro Marques de 16 de Janeiro às 21:55: "122 moções às 22:00: 49 agrupamentos e 73 escolas. A aprovação de moções de rejeição da ADD está imparável", um das 22:31 e outro das 23:15, os dois de 16 de Janeiro. Ambos, a 17 de Janeiro, de manhã, estavam apagados. Foram republicados a 17 de Janeiro às 15:57.
Encontra-se aqui:
http://www.profblog.org/2009/01/122-moes-s-2200-49-agrupamentos-e-72.html
Já agora, comentem a SUSPENSÃO da avaliação nos Açores da mesma forma como foram ligeiros a criticar o grande e visionário Alberto João Jardim que faz muita falta no "contenente"
http://ww1.rtp.pt/acores/?article=6294&visual=3&layout=10&tm=7
GOSTAVA de vos ouvir!!!
Caro Anónimo, é o Governo regional responde pelos Açores, parece-me.
Caro Anónimo das 11.13 do dia 18/1, obrigado pela referência.
Cara Setora,
Os PCE respondem perante o Ministério da Educação, não respondem pelos colegas. Infelizmente, como isso não acontece, chegámos ao estado de auto-gestão (feito de balbúrdia e de irresponsabilidade) tão ineficiente que conhecemos.
Quemtemmedodaavaliacao disse...
Caro Anónimo, é o Governo regional responde pelos Açores, parece-me.
É o governo regional, não é? Mas quando foi na Madeira, já não era o governo regional, fartaram-se de chamar nomes ao Jardim.
Já agora, alguém ouviu esta notícia na televisão, rádio e jornais? NINGUÉM !!!!!!!!!!!
É que já vem do dia 17 ...
Vê que se contradiz?
Mas qualquer professor tem o direito de tomar posição sobre tudo o que lhe cai em cima. Está no ECD. E se um pce professor está a ver o dislate contido em todas estas medidas deve tornar isso claro.
Os eleitos pelos professores e que contra estes estão a actuar deviam ser demitidos por quem os elegeu.Seria uma boa experiência política.
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